segunda-feira, 24 de maio de 2010

Tamo junto e não abro mão

Não gostei do resultado final.
Resolvi continuar como antes, só que agora com motivos.

Já não sei mais
há quanto tempo não
vejo o sol com meus próprios olhos
já não sei mais
se é por medo ou se
esqueci como olhar pra fora

Pra que teorizar sobre estar só
Se o inverso de ser feliz
É a certeza de saber que
Nem sempre temos
Respostas que queremos ouvir?

É eu podia ser gentil
E perguntar coisas fúteis,
Mas o que eu queria mesmo
É ter um copo de água suja
Pra beber e parar de fingir
No saber se o vazio é bem maior
Agora que sabemos ter feito
O melhor pra nós dois
E deixamos tudo mais pra depois.
Sabe,
Às vezes, penso mesmo que dizer
“deixa pra lá” cansa menos
e você?

Falow metamorfose. E não volte mais aqui.

Vários trechos de musicas da Dance of Days.

sexta-feira, 21 de maio de 2010

Metamorfose

Tô com sono.
Preciso dormir. Amanhã tem aula.
Mas não posso deixar esvairá esses pensamentos.
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De natureza o ser humano é sonhador. Buscamos e visamos objetivos. A vida perde o sentido sem sonhos. Sonhos estão ligados a conquistas. Conquistas dependem de esforço. Esforço depende de um mínimo de otimismo e esperança. Mas o mundo me fez pessimista. Os problemas do mundo, os meus problemas, aquilo tudo que enfrentei e não transpassei, me enfraqueceram grudando no meu ser. Passei a ser um realista. A pouco tempo constatei que realismo e pessimismo é a mesma coisa. Única diferença é que o pessimista não aceita essa alcunha em sua pessoa e se auto intitula realista. Só e somente só.

Perante a sociedade, sou um rebelde. Não aceito muitas das coisas do mundo. Queria poder mudar muitas dessas merdas por aí. Só que esse espírito rebelde tomou conta do meu ser se agregando ao pessimiso. Passei a enxergar somente o caos e a destruição. O mundo passou a ser preto e branco, melancólico e triste. Acabei de ter um dèja vu. Outro. Voltando ao assunto, essa rebeldia me tornou forte, admito. Não demonstro meu lado emocional, prevenindo-me de problemas. Se alguém o atinge, dificilmente saberá. Poucos saberão.

Ninguém sabe o que se passa comigo. Enterrei meu emocional nos confins do meu ser. Por isso muitos duvidam quando digo que sou tímido, emocional e carinhoso. Eu não transpareço isso. Porque fui obrigado a ser assim, sendo o único modo de me fortalecer. Tornar-me consciente.

Acabei por virar um pessimista.  Sem saber e não com essa alcunha. Logo após tornei-me um rebelde, por consequência. Como sempre fiz, mudarei. Aproveitando a minha solidez, resgatarei o meu emocional. Sólido, otimista, consciente e emocional.
Olá metamorfose!

quarta-feira, 19 de maio de 2010

Dialogando frente ao espelho...

-Ta aí.
-É esse meu problema.
-Preciso mudar, como já fiz muitas vezes.
-Simples e prático. Demorado, mas vai valer a pena.
-Não deve ter mistério algum deixar a timidez de lado e tomar uma atitude.
-Tantos conseguem.
-Ahh, mas eu não sou como eles.
-É aí que eu me diferencio.
-É o meu jeito.
-Mas se eu continuar assim, vou acabar para trás.
-Afinal de contas, o que me adianta algo tão bonito, guardado só para mim?
-Em compensação, eu já expus o meu lado. Não sei o que fazer.
-Porra, piá! Tenta de novo.
-Aí que tá. Eu não consigo.
-Eu não falei que queria por de lado essa timidez? É a hora.
-Ahh não. A timidez é meu charme.
-Do que me adianta um charme se não é demonstrável?
-Além do mais, aquilo que os outros vêem não é o cara tímido.
-Beleza!
-Tomar uma atitude.
-Escolhar um caminho.
-Afinal, estou com medo de que?
-Sofrer?
-Mas já sofro assim.
-Não deve ser pior do que isso.
-Então, vou lá. Tomar uma atitude.
-Não dá. Não consigo.
-QUÊ?
-É sério. Tentei e não consegui.
-Eu quero. Mas não sai.
-Pow! Eu sou muito tímido.

-Ta aí.
-É esse meu problema.
...

Desabafo, timidamente...

Hoje estava frio.
Mais do que ultimamente.

Não queria sair da cama.
Mais do que rotineiramente.

Fui à escola.
Mais do que necessariamente.

Prestei atenção na aula.
Mais do que costumeiramente.

Algo desviava o meu olhar.
Mais do que inevitavelmente.

Por diversas vezes olhei para você.
Mais do que normalmente.

Esqueci do resto do mundo.
Mais do que sinceramente.

Você estava linda.
Mais do que comumente.

Meus sentimentos continuam os mesmos.
Mais do que expressivamente.

Não falei para você.
Mais do que infelizmente.

domingo, 16 de maio de 2010

Olhares

Levante a cabeça.
Olhe para o céu.
Repare nas estrelas,
não parece que elas dançam? :)

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Tomanocu

Enfiem no cu vossos wayfarers coloridos com ou sem lente.
Não aguento mais ver essas merdas por aí.
Obrigado.

sexta-feira, 7 de maio de 2010

Para refletir

“Aprenda a viver, descanse quando morrer. Tudo que você precisa está dentro de você”
(Tyler Durden) - Clube da Luta

“E aqueles que foram vistos dançando foram julgados insanos por aqueles que não podiam escutar a música.”
(Friedrich Nietzsche)

“Quem olha para fora, sonha; quem olha para dentro, desperta.”
(Carl Jung)

“Na verdade, quem pouco possui tanto menos é possuído. Bendita seja a pequena pobreza!”
(Friedrich Nietzsche)

“Se falta objetivo à humanidade, não é porque ela mesma ainda não existe?”
(Friedrich Nietzsche)

“Todos pensam em mudar o mundo, mas ninguém pensa em mudar a si mesmo.”
(Liev Tolstói)

“A nossa fé nos outros revela aquilo que desejaríamos crer em nós mesmos. O nosso desejo de um amigo é o nosso delator.”
(Friedrich Nietzsche)

segunda-feira, 3 de maio de 2010

Não Estamos Mortos

           Anos atrás, nessa cidade, algo de bom ocorria. A musica e o bom senso imperava sobre tais ruas. Sem essa de boleiros, pagode, axé e Luan Santana. Pessoas cultas. Homens, mulheres, adolescentes e pré-adolescentes. Reunidos nos muitos bares da cidade. Muitas bandas de nome já passaram por aqui. Cito aqui, Nitrominds. Muitas bandas SÃO daqui. Todos tinham uma banda ou eram amigos de uma. Porém algo de errado aconteceu. Alguns culpam os conservadores, outros a polícia. Outros dizem que era pela extrapolação que ocorria ou pelo modismo lançado pela TV. Mas o fato é que isso entrou em ruínas. Em pouco tempo, a grande maioria mudou. Alguns ficaram mais velhos, mudaram gostos e sumiram. Outros se mudaram de cidade em busca de algo novo, ou até mesmo algo como acontecia aqui. A juventude já não era a mesma. Surgira o "Créu" pelas ruas. "Titanic" não era mais somente o navio e o filme. Os poucos que sobraram eram tachados e sofriam preconceitos. Poucas bandas sobreviveram, e outras, sobre influências dessas, surgiram. Escondidos nas garagens, na noite, nos lugares que não nos incomodariam. Fugindo disso tudo que nos cercava.
           A cidade estava tranquila. Todos comemoravam o fim do barulho. O fim do último refúgio da monotonia. E assim permaneceu. Adormecida. Por durante 1 ano e meio. Buscávamos outros meios de escapatória, mas nada saciava. Iamos para outras cidades, mas não era a mesma coisa. Queríamos aquilo de volta. Precisávamos. Foi então que o monstro renasceu das cinzas feito uma Fénix, provando ser imortal. Idealizado e batizado de "Não Estamos Mortos".
           Foi então, ao 1º dia de maio de 2010, no último sábado, que ocorreu o evento que poucos esperavam, muitos não ficaram sabendo e alguns odiaram. A GIG. Presença de cerca de 100 pessoas e das bandas: Krash, Diatribe, Cu Sujo e Melancias Indigestas. As cenas antigas se repetiram. Pessoas cultas e de todas idades confraternizando. Sem violência. Apenas liberação de energia. As bandas representaram o estilo que carregam consigo, Hardcore/Punk Rock, fazendo um puta som. A cena underground de Estrela está de pé de novo, para o desespero da população conservadora da cidade. Estamos de volta.