quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Sorriso na cara, estou de volta ♪

Hoje eu percebi. Percebi que a vida é assim. Tropeços, falhas, erros.
Tristeza misturada com raiva. Por não ter atingido o objetivo, não ter sido classificado como capacitado de executar referente tarefa.
Por momentos, após receber a notícia da incapacidade, seu mundo fica abalado. Seu egocentrismo toma conta de si, não deixando sua mente se importar com o mundo exterior. A minha dor é maior. Não me importam as dores dos outros. Nada me consola. Ninguém tem a razão. Nenhuma palavra funcionará.
Agora, percebo o quão fútil é tudo isso. Esse egocentrismo de não aceitar derrotas.
O mundo nos faz tropeçar. Ainda mais quando jovens, pois insistimos em correr ao invés de caminhar.
Enfrentar um desafio e fracassar, é horrível.
Enfrentar um desafio, pela segunda vez, e novamente fracassar, é pior.
Ser forte. Ser superior. Utilizar os tropeços como alavanca para uma vontade maior de ultrapassar essa barreira. Saber guardar aquele grito de fúria, transformando-o em um grito de euforia.
Um grito de 'eu consegui!'

domingo, 5 de setembro de 2010

Se Sócrates não conseguiu...

Preciso parar de querer entender tudo...

Desmoronar

A futilidade me cerca. Me persegue.
Não tenho escapatória. Para onde olho, a encontro.
Tão próxima que a posso tocar.
Próximo até de mais, a ponto de querer fazer sangrar.
Como uma ferida aberta.
Como o sol queimando os olhos.
Como o saborear do mais doce ácido...
...ou de um copo de fuligem.
Sinto-me correndo entre gigantes. Mortos!
Tão grandes, quanto as suas futilidades.
As asneiras que saem de suas bocas.
Encéfalos sendo desperdiçados.
Corro para fugir.
Me livrar dessa carnificina.
Mas os corpos ao chão só parecem aumentar.
Tropeço em suas pernas atiradas.
Deslizo em babas que escorrem.
Torna-se difícil se equilibrar.
Nem as torres do castelo onde corro parecem firmes.
A base se desfaz.
O chão não toco mais.
Os corpos me passam dos joelhos.
Afundando em excrementos em meio a um mundo tão belo.
Não consigo respirar...

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Raiva!

MUITA raiva de MUITA coisa.
Raiva guardada, estocada, presa.
Sem poder expor, nem demonstrar. Sem poder berrar.
Ela consome a mente. Toma forma. Vira consciente.
Medo, angústia, sofrimento. Ínfimos perto a raiva.
Sentimento poderoso. Enlouquecedor.
Acumulativo e usurpador.

São coisas do mundo, da vida.
Ou serei eu o incapaz?
Não sei absorver certas coisas.
Outras penso que nem devo.
Mas sigo assim neutralizado.
Impossibilitado de uma reação...
Por não saber...ou por não poder?

Há um estado de espírito que é capaz de dissolver o domínio da mente pela raiva.
É nele onde me encontro. Onde me reestruturo.
Onde a calma necessária para aceitar a hipocrisia alheia, se faz presente.
Em qualquer momento, em qualquer situação...
Tudo isso encontro naquele abraço. Em seus braços.
Aquele abraço reconfortante, mesmo que somente relembrado...

Estou começando a me estressar novamente...
Afinal, 37 dias é muito tempo!